terça-feira, fevereiro 23, 2010

This is a Tragedie, not a Sin

Um campo verde, enorme e lindo estava a minha frente. Muros altos e brancos o cercava, e o lindo, alto e preto portão de ferro estava aberto. Eu queria entrar, a beleza daquele campo me chamava, mas algo me dizia que eu iria me arrepender. Mas era tão verde, cheirava a flores... Não conseguindo me conter eu entrei.
Whoa! Era maravilhoso! Árvores de todos os tipos espalhavam-se pelo espaço verde, eu podia ouvir os pássaros cantando no alto das árvores em que eu passava. Havia flores por todos os lados, de todos os tipos, de todas as cores. O céu estava um azul perfeito, com apenas algumas nuvens brancas como o algodão, e um sol brilhando super forte, estranho, mas o seu brilho não incomodava meus olhos. Eu apenas caminhei por lá, sem um destino – meus pés pareciam ter vida própria. Eu sentia uma paz inacreditável!
Uma brisa fresca tocou meu rosto, fazendo cócegas no meu pescoço onde os cabelos voavam. Abaixei a cabeça pra tentar controlar os cabelos voadores, e de relance, percebi onde eu estava. Era um cemitério!
Olhei para o céu novamente e percebi que começava escurecer, fazendo sombras por todos os lados. A brisa virou um vento gelado. Os topos das árvores eram jogados de um lado para o outro, espantando os pássaros, e deixando tudo mais assustador. Foi uma mudança brusca no tempo. Confesso que eu nunca tive medo de cemitério, mas esse estava totalmente me assustando.
Eu parei, percebendo que meus pés tinham me levado a uma lápide em especial. Eu senti meu estômago embrulhar enquanto me abaixava para ver mais de perto, e poder ler o que estava escrito naquelas letras prateadas que reluziam com a pouca luz que ainda sobrara.
Mordi meu lábio mais forte que o normal, e li em voz alta:
- Anna Davis, 26-11-1990 – 29-10-2009 – eu congelei – é daqui uns dois meses – eu disse para mim mesma, passando os dedos pelas letras bonitas. Mais abaixo, estava escrito “Amiga querida, nunca será esquecida”. Meus olhos queimaram, e eu senti as lágrimas escorrendo pelas maçãs do meu rosto e morrendo nos meus lábios. Ao mesmo tempo em que senti o gosto salgado, percebi que começava a chover. Eu me encolhi na grama macia, abracei minhas pernas, e chorei. Não sei quanto tempo fiquei lá, pareciam séculos. Tudo que me lembro, foi que senti uma enorme escuridão me engolindo. Fechei meus olhos, e quando os abri novamente, assustada, eu estava no escuro ainda, mas era um escuro familiar. Levou um tempo para meus olhos se acostumarem e eu perceber que estava no meu quarto, ainda chorando. – Foi apenas um sonho – eu disse, tentando acreditar totalmente nisso. Olhei no relógio, eram 05h00min da manhã! Fiquei ali, apenas encarando meus pôsteres na parede, tentando não pensar no meu sonho/pesadelo até conseguir dormir novamente, um sono profundo e sem sonhos.

6 comentários:

  1. Que lindo meninas, quase chorei :~~
    iauaiuaiauaiu :D

    ResponderExcluir
  2. uma romântica, outra tenebrosa...
    ahuahuahua eu adoro essas meninas.
    são como o yin yang chinês, se completam e não se separam.
    (eu e minhas comparações bizarras ahuahauha)
    ótimo texto também, continuem assim xD

    ResponderExcluir
  3. Nossa, me identifiquei muito D: ótimo texto!

    ResponderExcluir