terça-feira, fevereiro 01, 2011

Just close your eyes

- Alô? - Atendi meu celular meio impaciente enquanto procurava minha blusa verde, tipo bata, pelo meu quarto, eu tinha certeza que eu a havia guardado dentro do meu guarda-roupas. Estranho.
- Nossa, quanta delicadeza, Sophia! - Ouvi Kathy me repreender do outro lado da linha, abafando o riso.
- Desculpa Kathy, é que eu estou procurando minha bata verde, e não vi quem era quando atendi o telefone. - Me desculpei.
- Não tem problema. Não sei se você se lembra, mas sua bata está aqui em casa – Disse rindo alto agora - Vai sair?
- É verdade! Tinha esquecido! - Respondi dando um tapa em minha própria testa, anta! - É, o Luis disse que precisava falar comigo, acho que ele anda aprontando alguma coisa – Disse desconfiada.
Conversamos mais alguns minutos, Kathy queria me contar as novidades, algo que o Carlos havia falado para ela. Acho que dessa vez, eles parariam de brigar por algum tempo. Ela me desejou boa sorte, e eu fui à caça de uma nova blusa. Optei por uma branca soltinha, que eu adorava e havia usado apenas algumas vezes. Achei uma ótima oportunidade para usá-la.
Terminei de me arrumar com um pouco de pressa, afinal, eu e a Kathy ficamos um bom tempo conversando no telefone. Quando terminei o último traço da minha maquiagem, ouvi a buzina do carro do Luis na frente da minha casa, seguida da voz dele conversando com meus pais no andar de baixo.
- Sophie! Seu namorado chegou! - Gritou meu pai.
Dei uma última olhada no espelho e notei minha expressão preocupada. Estava com medo do que o Luis iria aprontar dessa vez. Tentei disfarçar antes de descer quase com sucesso. Notei o sorriso de orelha à orelha no rosto dele quando me viu descer as escadas. Sorri amarelo para ele, não conseguindo ignorar o fato de que ele estava lindo. Eu ainda o amava, mesmo depois de tudo o que ele aprontou comigo. Não podia ignorar esse fato também.
- Como você está linda, amor! - ele disse indo em minha direção e depositando seus lábios nos meus durante uns dois segundos. - Vamos?
Concordei com a cabeça, me despedindo de meus pais e o acompanhando até o carro. Durante o caminho até o local 'secreto' do nosso encontro, trocamos algumas palavras sobre nosso dia e até tentei inutilmente descobrir onde ele estava me levando.
Logo pude ver o grande restaurante da cidade pela janela do carro. Eu ficava cada vez mais preocupada. Ele sabia que eu não gostava desses lugares chiques que ele e a família dele frequentavam.
- Eu sei que você não gosta de lugares chiques, Sophia – Ele disse rolando os olhos, lendo meus pensamentos – Mas hoje é um dia muito especial, então por favor, ignore esse fato – Ele completou com um sorriso abobalhado no rosto. Concordei silenciosamente, tentando ler os pensamentos dele, como ele fazia comigo. Nada. Nem mesmo uma linha de raciocínio consegui captar.
Ele desceu do carro e deu a volta para abrir a porta para eu descer. Um cavalheiro acima de tudo. Sorri agradecida, entrelaçando minha mão na dele, que estava esticada em minha direção. Sentamos em uma mesa com toalha vermelha mais afastada, a meia luz dava ao ambiente um ar romântico.
Conversamos durante o jantar, e ele não parava de me olhar nos olhos e sorrir. Já falei que meu namorado era lindo? E doido. É, ele era doido. Estava gargalhando de coisas sem sentido. O olhei levantando uma sobrancelha, enquanto ele gargalhava por eu ter lhe dito que quebrei meu porta-retratos preferido outro dia.
- Desculpa amor – Ele dizia entre uma risada e outra – É que sua cara de triste foi tão bonitinha que eu tive que rir. - Isso não era verdade, ele estava tentando disfarçar algo, tinha certeza, mas resolvi deixar quieto e não falar nada.
Saímos do restaurante e ele me levou até a praça da cidade, onde sentamos nos balanços que tinha por lá. Era noite de lua cheia. A luz azulada iluminava o local, fazendo o Luis parecer mais branco que papel. Sorri ao perceber isso.
- Que noite linda, não? - Ele falou me fazendo desviar meu olhar da lua.
- Sim, a lua está maravilhosa – Respondi sorrindo para ele. Eu estava mais relaxada agora, ao ar livre, com aquela lua linda sobre nós – Eu amo a lua cheia.
- Minha garota, por que acha que escolhi essa noite? - Ele perguntou com um sorriso enorme no rosto. Minha garota. Como aquela música que eu adorava.
- Como assim, escolheu? - Sorri confusa enquanto ele segurava minhas mãos – Há um motivo especial para estarmos aqui? - Perguntei vendo seu sorriso se alargar em seu rosto, mostrando seus dentes brancos perfeitos.
Ele se ajoelhou na areia, à minha frente, ainda sorrindo e olhando nos meus olhos. Eu não estava entendendo o porquê daquilo tudo. O restaurante, o parque na noite de lua cheia, ele se ajoelhar na areia e... Ai meu Deus! Não, eu não podia acreditar. Ele ia fazer o que eu estava pensando?
- Sophia... - Ele começou, apertando ainda mais minha mão, enquanto procurava algo em seu bolso com sua mão disponível. Eu congelei no balanço - Eu sei que tenho sido um idiota e tudo mais... - Ele dizia ainda revirando seu bolso. Meu coração parecia que ia explodir. Eu estava nervosa, sentia um calor percorrer meu corpo. Estava com as mãos suadas e frias, assim como as dele. - Mas eu quero que você saiba, que você é a única pra mim. Eu te amo, minha Sophia. Eu vou te amar para sempre, quero passar o resto da minha vida ao seu lado... – Ele tirou do bolso algo pequeno pelo que pude ver. Puxou minha mão para mais perto, e colocou a aliança no meu dedo – ...se você quiser, é claro – Completou – Sophia, quer se casar comigo?

Hoje olhando o blog, me deu uma vontade de postar algo!! *-*
Então está aí, um dos capítulos do livro meu e da Karla (@karlasapelli)
Espero que gostem, e vamos tentar postar mais, né Karla?? hehe
Beijos... :**

domingo, junho 13, 2010

Have you ever seen the light?

- NÃO! – Eu gritei – Por favor, não faça isso, eu te imploro... Não me deixe!
Ele me olhou por cima do ombro. Havia lágrimas em seus olhos, assim como nos meus. Quando nosso olhar se encontrou, eu pude ver sua dor. Eu precisava parar ele.
- Por que eu deveria voltar atrás? – ele perguntou segurando um soluço – Você não vê minha dor?
- É claro que eu vejo, mas nós podemos dar um jeito – Eu disse, tentando me agarrar em algum argumento convincente – Não precisa terminar assim. Você não pode me deixar sozinha!
Ele voltou sua cabeça para frente, e encarou o chão aos seus pés, considerando minha oferta de que ajudaria ele, assim eu esperava.
- Minha querida, eu nunca te deixaria sozinha – ele me olhou novamente, com um sorriso que eu simplesmente amava – Como eu poderia fazer isso com você? A minha melhor amiga...
- Então volte! – Eu disse o interrompendo, estava desesperada – Lembre das coisas felizes que passamos juntos, das nossas promessas de um futuro inteiro próximos um do outro, de nossos filhos brincando, enquanto conversamos na varanda... Por favor, eu não consigo suportar a idéia de te perder.
- Você nunca irá me perder, eu sempre vou estar aí pra você – Ele subiu um degrau que estava à sua frente, fazendo com que meu corpo congelasse por inteiro.
Inconscientemente eu dei um passo mais próximo a ele, e outro, e mais outro, parando a uns 10 passos de distância. Meu melhor amigo queria me deixar, e tudo que eu podia fazer era tagarelar com a esperança de que ele me ouvisse e desistisse dessa idéia insana.
Uma brisa delicada tocou nossos cabelos, me arrepiando da cabeça aos pés, era fim de outono e o frio começava a chegar. Nunca pensei que odiaria tanto essa época do ano como eu odeio hoje. As lembranças daquele dia passeiam pela minha mente o tempo inteiro, nunca esquecerei do meu pior pesadelo.
- Por favor... – eu supliquei uma última vez, minha voz morrendo ao perceber que ele subia mais um degrau, o último. Não tinha mais controle do meu corpo, estava amortecida, chorava feito uma criança e tremia da cabeça aos pés.
- Me desculpe minha pequena – ele disse enchendo os pulmões com uma grande quantia de ar – Mas eu preciso fazer isso, saiba que eu sempre te amarei, não importa onde eu estiver.
Ele me olhava firmemente nos olhos, eu não tive coragem de desviar o olhar, não se seria a última vez que o veria. Queria aproveitar o brilho de seus olhos enquanto havia tempo.
Ele sorriu um sorriso fraternal, um sorriso quente, mas ao mesmo tempo frio, e nos seus olhos refletida toda a tristeza contida em sua alma. Ele deu um último e longo suspiro, se virando de costas para mim, e inclinando seu corpo um pouco para frente. Já não suportando aquilo, me afoguei num choro histérico, chegara a hora que eu temi por tanto tempo. Senti uma angústia me invadir por dentro e queimar minha garganta, eu já não conseguia falar.
Um segundo e ele não estava mais ali. Ele havia pulado do 8º andar. Eu corri pro parapeito do telhado, me inclinando, querendo acreditar com todas as forças que ele estava brincando, e estaria ali pendurado, chorando de tanto rir da minha cara. Mas o que vi, foi meu melhor amigo estatelado no chão, parecendo um boneco de pano, que se dobra inteiro. Uma poça de sangue se formando em volta dele. Me afundei no chão, não suportando a cena, aquilo não podia ser verdade, meu coração se despedaçava em mil pedaços, já não o sentia batendo. Meu único melhor amigo há 15 anos havia me abandonado. Senti meu corpo tremer, não sentia mais a brisa fria de antes, não sentia a luz do sol que sumia no horizonte, estava tudo escuro para mim.
Ouvi passos vindos até mim, olhei para a pessoa que se aproximava não a reconhecendo, tamanha era a quantia de lágrimas que brotavam nos meus olhos, os embaçando.
Quando ouvi sua voz, reconheci a mãe do meu melhor amigo e lembrei que eu havia ligado para ela. Ergui minha cabeça, tentando encontrar minha voz, que estava perdida dentro de mim. Fiz um esforço, o que pareceu despedaçar cada pedaço do meu corpo.
- Ele se foi. – foi a única coisa que falei. Fiquei sentada ali chorando por não sei quanto tempo, até que adormeci.

Dois meses sem postar... Meu Deus!!
Me desculpem o texto dramático, é tudo o que eu tenho por hora :(
;*

quinta-feira, abril 22, 2010

Selfish

(...) Eu podia ler nos olhos dele, eu percebia em cada movimento, o suor e as lágrimas exalavam o cheiro de algo que eu odiava. Ele era egoísmo, e só. Em cada célula, em cada fio de cabelo, em cada tremor que eu sentia que suas mãos tinham sob os meus dedos, em cada palavra de arrependimento que ele proferia tudo que eu podia perceber era egoísmo, e só.
Eu sentia meu coração apertar, mas não podia adiar o fim de nós dois. Seríamos dois, mas não nós. E eu sentiria muita falta do tempo que éramos nós, de quando compartilhávamos planos, sonhos, e um futuro. Hoje, mesmo que fossemos nós, isso não existiria mais. Ele não sabia mais ser dois, ele era um e limitava esse espaço à existência de outro ser, e isso me sufocava.
Estávamos sentados, um de frente para o outro e, ele segurava minhas mãos próximas ao rosto dele e acariciava a face molhada de lágrimas com as minhas mãos, enquanto implorava que eu o perdoasse. Como perdoar alguém que não fez nada? Ele nunca fez nada para mim, simplesmente nada, e esse era o problema. O nosso relacionamento sempre foi ele, e nada mais. E de todas as lágrimas dele, de todas as palavras, eu só captava uma coisa naquele ambiente – além de perceber que minhas unhas estavam horríveis – que ele implorava pelo meu perdão com apenas um objetivo, para que ele se sentisse bem. SIM! EGOÍSMO DE NOVO!
Enquanto ele falava, e eu já não escutava devido à repetição, eu lembrava dos três anos que passamos juntos, e agora eu via como sempre foi assim. Ele sempre era o centro das atenções em tudo, e se não fosse, dava um jeito de ser. Ele tinha conseguido acabar com um amor que muitos juraram ser eterno, ele tinha acabado com a admiração que eu tinha por ele, e pelo homem que eu esperava que ele se tornasse - na verdade ele nunca se tornou um homem, era o mesmo garoto com quem eu brigava por besteiras há anos atrás.
- Não posso mais, pra mim acabou – foi o que eu consegui dizer, enquanto observava a expressão de susto que assombrava o rosto dele.
- Não, você não pode terminar um namoro tão longo, assim.
- Não fui eu quem terminou com ele, foi você.
Eu levantei, puxando minhas mãos com brutalidade das dele, peguei minha bolsa que estava jogada em cima da cama, e sai batendo a porta.
Ele não veio atrás, e com certeza achava que eu voltaria arrependida. Eu não consegui o olhar antes de fechar a porta do quarto, porque, por mais que eu não o amasse mais, eu não suportaria vê-lo sofrendo, e ao mesmo tempo tinha medo de ver felicidade nos lábios dele.
As lágrimas tomavam meu rosto e eu não agüentava. Por mais que aquilo tivesse terminado muito antes do adeus final, só naquele momento eu percebi que uma parte gigantesca havia sido arrancada de mim, afinal, três anos era um tempo longo pra se estar com alguém.
Encostei-me na parede no final do corredor, e escorreguei de leve por ela até encontrar o apoio do chão. Fiquei ali, chorando por um passado que talvez não valesse para mais nada. Eu tinha sonhado tantas vezes em contar para os meus netos de como eu o conheci, e dizer que o avô deles era perfeito, mas não seria assim. Agora uma parte do meu futuro tinha se apagado e eu não sabia como agir.

Desculpem-nos pela demora para uma nova postagem, estamos um pouco sem tempo ultimamente. Eu sei que o texto não ficou muito bom, mas é o único que eu tinha pronto.
Obrigada por tudo queridos leitores :*

quinta-feira, março 18, 2010

Friendship Never Ends

Eu dirigia sem rumo. As janelas abertas deixando uma brisa gostosa entrar e bagunçar meus cabelos. A alguns minutos quase havia desistido da minha fuga, mas como sempre, minha melhor amiga achou a solução e voltamos para a estrada.
Ela agora dormia ao meu lado, no banco do passageiro. Com um vestido de festa lindo, que eu a ajudei escolher, os cabelos arrumados, e maquiada. Ótima roupa para dormir.
Eu não fui uma boa amiga, mas ela sim. Ela estava ali, ao meu lado, essa era a maior prova de amizade que ela podia me dar. Ela não só me apoiou na minha fuga insana, como também fugiu comigo, deixando tudo e todos para trás. Claro que eu faria a mesma coisa por ela, mas ultimamente as coisas foram tão difíceis para mim, que eu esqueci de demonstrar a ela o quanto eu me importava com ela. No entanto, ela estava ali, dormindo toda torta, com um vestido que a pinicava, no banco passageiro de um carro que eu dirigia sem um destino certo.

Bom, como eu não tenho criatividade, eu copiei a idéia da Karla de postar um texto sobre a amizade por causa do aniversário dela, que será no domingo. Ninguém mandou ela fazer aniversário um dia antes de mim! hehe
Então, Karla, parabéns pelos seus 18 anos! Te desejo muito sucesso bésta! teamo demais.
(L)

Desculpem o texto curto, mas foi meio improvisado. :)

domingo, março 07, 2010

Sisterhood

(...) Estacionei o carro ali mesmo, de frente para o mar. O brilho do sol que começava a repousar invadia meus olhos, minha pele, e expandia calor em cada célula, em cada fio de cabelo meu, contrastando com a brisa fria e úmida que vinha da água.
Estendi minhas pernas por cima do painel do carro, aproveitando o espaço que a capota aberta liberava, olhei pro lado e minha melhor amiga fazia o mesmo. Os olhos dela brilhavam com a perfeição do lugar, e ela, assim como eu, sorria por se sentir livre de qualquer compromisso em um paraíso como aquele.
E naquele dia eu percebi que a nossa amizade não era apenas o nosso companheirismo. Mesmo com todas as loucuras que eu tinha aprontado nos últimos dias, mesmo com as lágrimas que eu derramei, mesmo deixando ela louca, ela esteve ao meu lado, e não foi apenas por companheirismo. A amizade não é apenas a presença de outro ser que te compreenda, a amizade é muito mais.
Amigos são nossa fonte de alegria quando tudo parece não dar certo, nossa fonte de calor quando nenhum outro abraço pode nos confortar, nossa certeza do amanhã e a felicidade de um passado. Os amigos são um dos elos mais fortes que temos entre o nosso passado, o nosso presente e o nosso futuro, por que eles não só estiveram ao nosso lado em todos os momentos, eles vivenciaram cada um deles. No seu primeiro porre, eles beberam junto, na sua primeira festa eles dançaram junto, nos sustos eles se assustaram junto, e não só viveram a sua vida como meros expectadores. Eles eram atores no mesmo palco que você atuou todas as vezes e, aplaudiram suas conquistas, choraram suas derrotas junto com você e brigaram quando você precisou.
Amigos não são apenas amigos, eles são seus pais e te repreendem quando você não está certo, e te dão todo o apoio quando precisa. São seus irmãos porque tem um vínculo quase consangüíneo com você por isso o laço de uma verdadeira amizade é forte demais para romper. São seus avós, e tem atitudes de anciãos quando você não encontra a solução de um problema. São seus tios daqueles que te fazem as perguntas que você mais odeia e não quer responder. São seus primos, daqueles bem chatos, que te fazem ficar constrangido na frente dos outros e te fazem perder a paciência. São seus cônjuges – sem sexo, claro – pois você aprende com eles como tornar uma relação duradoura e lidar com os defeitos de uma pessoa que você ama. São seus pensamentos que tomam forma fora do seu corpo porque, um verdadeiro amigo sabe traduzir seus pensamentos em palavras.
Seus verdadeiros e bons amigos são pedaços do seu passado que você vai carregar pra sempre dentro do seu coração e ao seu lado te apoiando, por isso cultive-os sempre que puder.
Eu abracei minha melhor amiga que não precisou de palavras para entender que eu estava agradecendo por tudo que ela já tinha feito para mim e retribuiu com um sorriso.

oi gente :D então, é a karla aqui! estou postando esse texto hoje pq dia 22 é aniversário da lale e como ela é minha melhor amiga achei que tinha tudo a ver. E como eu não sei quando eu vou postar de novo estou adiantando os parabéns. Então lalezinha parabéns, tudo de melhor pra você hj e sempre, e viva seus 18 anos! haha te amo bésta (L)

terça-feira, fevereiro 23, 2010

This is a Tragedie, not a Sin

Um campo verde, enorme e lindo estava a minha frente. Muros altos e brancos o cercava, e o lindo, alto e preto portão de ferro estava aberto. Eu queria entrar, a beleza daquele campo me chamava, mas algo me dizia que eu iria me arrepender. Mas era tão verde, cheirava a flores... Não conseguindo me conter eu entrei.
Whoa! Era maravilhoso! Árvores de todos os tipos espalhavam-se pelo espaço verde, eu podia ouvir os pássaros cantando no alto das árvores em que eu passava. Havia flores por todos os lados, de todos os tipos, de todas as cores. O céu estava um azul perfeito, com apenas algumas nuvens brancas como o algodão, e um sol brilhando super forte, estranho, mas o seu brilho não incomodava meus olhos. Eu apenas caminhei por lá, sem um destino – meus pés pareciam ter vida própria. Eu sentia uma paz inacreditável!
Uma brisa fresca tocou meu rosto, fazendo cócegas no meu pescoço onde os cabelos voavam. Abaixei a cabeça pra tentar controlar os cabelos voadores, e de relance, percebi onde eu estava. Era um cemitério!
Olhei para o céu novamente e percebi que começava escurecer, fazendo sombras por todos os lados. A brisa virou um vento gelado. Os topos das árvores eram jogados de um lado para o outro, espantando os pássaros, e deixando tudo mais assustador. Foi uma mudança brusca no tempo. Confesso que eu nunca tive medo de cemitério, mas esse estava totalmente me assustando.
Eu parei, percebendo que meus pés tinham me levado a uma lápide em especial. Eu senti meu estômago embrulhar enquanto me abaixava para ver mais de perto, e poder ler o que estava escrito naquelas letras prateadas que reluziam com a pouca luz que ainda sobrara.
Mordi meu lábio mais forte que o normal, e li em voz alta:
- Anna Davis, 26-11-1990 – 29-10-2009 – eu congelei – é daqui uns dois meses – eu disse para mim mesma, passando os dedos pelas letras bonitas. Mais abaixo, estava escrito “Amiga querida, nunca será esquecida”. Meus olhos queimaram, e eu senti as lágrimas escorrendo pelas maçãs do meu rosto e morrendo nos meus lábios. Ao mesmo tempo em que senti o gosto salgado, percebi que começava a chover. Eu me encolhi na grama macia, abracei minhas pernas, e chorei. Não sei quanto tempo fiquei lá, pareciam séculos. Tudo que me lembro, foi que senti uma enorme escuridão me engolindo. Fechei meus olhos, e quando os abri novamente, assustada, eu estava no escuro ainda, mas era um escuro familiar. Levou um tempo para meus olhos se acostumarem e eu perceber que estava no meu quarto, ainda chorando. – Foi apenas um sonho – eu disse, tentando acreditar totalmente nisso. Olhei no relógio, eram 05h00min da manhã! Fiquei ali, apenas encarando meus pôsteres na parede, tentando não pensar no meu sonho/pesadelo até conseguir dormir novamente, um sono profundo e sem sonhos.

domingo, fevereiro 14, 2010

Valentine's Day

Eu podia ouvir a chuva que caia lá fora bater na janela – e parecia que o céu estava despencando – e encostado no meu ouvido, eu podia ouvir o coração dele bater com calma, enquanto sentia minha cabeça mexer conforme a sua respiração. Em minhas mãos eu sentia sua pele quente e macia. Os braços dele estavam envoltos no meu corpo produzindo uma sensação de segurança que outros braços nunca causaram e seus dedos percorriam pequenos círculos em minhas costas despidas provocando leves arrepios. Eu percebia que ele me observava como se estivesse zelando pela minha paz e pelo meu sono. O perfume dele se difundia pelo ambiente junto com a brisa – que entrava por alguma pequena fresta da janela – e invadia minhas narinas, provocando leves movimentos do meu estômago e a aceleração do meu coração.
- Está acordada? – ele disse num sussurro.
Eu apoiei o queixo no peito dele e me deparei com aqueles olhos castanhos, tão cheios de vida, tão profundos que às vezes eu me perdia neles.
- Sim – eu disse em um tom sonolento.
Ele colocou atrás da minha orelha uma mecha de cabelo que estava caída sobre o meu rosto e ficou me observando por algum tempo.
- Eu te amo tanto – ele disse sussurrando.
- Eu também – eu mexi meus lábios sem produzir som.
Fiquei observando os seus olhos fecharem lentamente, senti suas mãos repousarem nos meus quadris e sua respiração tornar-se compassada. Deitei-me ao lado dele, aninhei meu corpo no dele e dormi.
Eu me sentia tão bem perto dele. Ele me mantinha aquecida, protegida e feliz. Eu não me imaginava amando ninguém dessa maneira além dele, ele era tudo o que me faltava.
Essa noite foi um daqueles momentos que nós não queremos esquecer de nenhum detalhe. O cheiro, o olhar, as palavras, o tom da voz dele, tudo se eternizou na minha mente. E essa é a perspicácia da vida, poder transformar pequenas coisas em grandes momentos.